segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Etanol


O álcool está disponível em todos os postos do país. Posto típico da Petrobras em São Paulo, com fornecimento de álcool (marcado A) e gasolina comum (marcada G).
Programa de etanol do Brasil começou em 1975, quando a crise do petróleo abalou a economia brasileira. Em resposta, os governantes militares do país lançaram um esforço para libertar-se do petróleo estrangeiro, que então representava quase 90% do consumo de petróleo do país, através do desenvolvimento de combustíveis inovadores. O etanol, feito de cana-de-açúcar, foi um candidato óbvio, dada quantidade quase infinita do Brasil de terras agricultáveis e de clima favorável.
A maioria dos carros em funcionamento hoje no Brasil funcionam com misturas de até 25% de etanol e fabricantes de automóveis já produzem veículos concebidos para funcionar em misturas de etanol muito mais elevadas. Várias empresas automobilísticas vendem "automóveis flex", que podem usar gasolina e misturas de etanol variando de gasolina pura até 85% de etanol (E85). Em 2009, 90% dos carros produzidos funcionavam com etanol.
O Brasil é um dos maiores produtores de etanol do mundo e é o maior exportador do combustível. Em 2008, o Brasil produziu 454.000 barris/dia de etanol, contra 365.000 em 2007. Toda a gasolina no Brasil contém etanol, misturada com níveis variando de 20-25%. Mais da metade de todos os carros no país são do tipo flex-fuel, o que significa que podem funcionar com cem por cento de etanol ou com uma mistura de etanol e gasolina. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o Brasil também produziu cerca de 20.000 barris/dia de biodiesel em 2008 e a agência adotou um requisito de três por cento de mistura de vendas de diesel doméstico.
A importância do etanol no do mercado doméstico de transporte de combustíveis brasileiro só vai aumentar no futuro. Segundo a Petrobras, o etanol é responsável por mais de 50% da demanda atual de combustíveis de veículos leves e a empresa espera que aumente para mais de 80% em 2020. Como a produção de etanol continua a crescer mais rapidamente do que a demanda interna, o Brasil tem procurado aumentar as exportações de etanol. De acordo com fontes do setor, as exportações de etanol no Brasil atingiu 86.000 barris/dia em 2008, com 13.000 barris/dia para os Estados Unidos. O Brasil é o maior exportador de etanol do mundo, controlando mais de 90% do mercado mundial de exportação.

Plantação de cana-de-açucar em Avaré, no estado de São Paulo, restos de cana são utilizados para produção de energia de biomassa.

Eucalipto no estado do Espírito Santo, restos da árvore são reutilizadas para geração de energia de biomassa.
A biomassa é uma fonte de energia limpa utilizada no Brasil. Ela reduz a poluição ambiental, pois utiliza lixo orgânico, restos agrícolas, aparas de madeira ou óleo vegetal para produzir energia. Restos de cana, com seu alto valor energético, têm sido utilizados para produzir eletricidade. Mais de 1 milhão de pessoas no país atuam na produção de biomassa e esta energia representa 27% da matriz energética do Brasil.
O recente interesse na conversão de biomassa em eletricidade vem não só do seu potencial como do seu baixo custo, o fornecimento de energia para comunidades indígenas, mas também por seu potencial de benefícios ambientais e de desenvolvimento. Por exemplo, a biomassa pode ser uma opção de mitigação global importante para reduzir a taxa de acúmulo de CO2 por sequestro de carbono e por permitir deixar de utilizar combustíveis fósseis. o crescimento renovável de biomassa contribui com apenas uma pequena quantidade de carbono para a atmosfera. Localmente, as plantações podem reduzir a erosão do solo, fornecem um meio para restaurar áreas degradadas, a neutralização de emissões e os impactos locais de geração de energia fóssil e, talvez, reduzir as exigências sobre as florestas existentes. Além do poder direto e os benefícios ambientais, sistemas de energia de biomassa oferecem vários outros benefícios, especialmente para os países em desenvolvimento, como o Brasil. Alguns destes benefícios incluem emprego para mão-de-obra subutilizada e a produção de co-produtos e subprodutos, por exemplo, lenha.
Quase todas as experiências com biomassa para geração de energia são baseadas na utilização de resíduos e de resíduos de combustíveis (principalmente madeira/resíduos de madeira e resíduos agrícolas). A produção de energia eléctrica a partir de madeira é uma tecnologia emergente, com grandes chances de sucesso. No entanto, o uso comercial de plantações para geração de energia é limitada a algumas experiências isoladas. Madeira proveniente de plantações não é uma matéria-prima da energia barata e enquanto os preços mundiais de carvão, petróleo e gás forem relativamente baixos, o estabelecimento de plantações dedicadas ao fornecimento de energia elétrica ou outras formas superiores de energia só ocorrerá quando os subsídios financeiros ou incentivos existentes em outras fontes de energia não estiverem mais disponíveis.
As plantações de biomassa são fornecedores de energia em uma base comercial, como ocorre no Brasil, nas Filipinas e na Suécia, ela pode ser demonstrada que uma combinação de políticas governamentais e/ou alta dos preços da energia convencional, têm estimulado o uso de plantações de curta rotação para a energia. O Brasil utilizou incentivos fiscais a partir de meados da década de 1960 para iniciar um programa de reflorestamento para fornecer a energia de madeira industrial e produtos de madeira. Como consequência dos incentivos fiscais favoráveis do Código Florestal Brasileiro, a área de florestas plantadas no Brasil aumentou de 470.000 hectares para 6,5 milhões de hectares até 1993. Com a suspensão dos incentivos fiscais em 1988, o estabelecimento de plantações no Brasil diminuiu, embora a viabilidade comercial da utilização do eucalipto para a energia e outros produtos tem sido demonstrada claramente.

Desenvolvimento e incentivos

Apesar das condições naturais privilegiadas que possui, o Brasil parece estar acomodando-se ao passo em que não aproveita desses benefícios para investir no "desenvolvimento sustentável" a fim de ampliar sua "economia verde", já que países menos privilegiados atualmente em recursos naturais estão participando fortemente na corrida por desenvolvimento científico e aumento de investimentos ligados à economia de pouca emissão de carbono através de incentivos da ordem de centenas de bilhões de dólares na área.

Tipos de energias: hidrelétrica, eólica, nuclear, solar, térmica, etc.



Conheça os diversos tipos de energia, como a energia proveniente da força da água, dos ventos, da radiação solar e queima de materiais, como carvão.
A energia movimenta o mundo e dela as empresas dependem para a produção, comercialização e distribuição de seus produtos, seja no Brasil, nos Estados Unidos, na China ou qualquer outra parte da terra. Também as pessoas dependem da energia em suas residências, no trabalho e outros meios de convívio social. Por fim os países dependem da energia para movimentar suas economias e criar produtos competitivos no mundo globalizado. Mas quais os tipos de energia e como podemos classificá-las? Veja abaixo os principais tipos.

Energia Hidrelétrica

Usina hidrelétrica. A principal fonte de energia no Brasil vem das usinas hidrelétricas
A energia hidrelétrica é aquela que é gerada em uma usina hidrelétrica e tem como fonte de produção a força da água em movimento. Para a sua obtenção são necessários os passos abaixo:
  • Primeiro é necessário a construção de enormes barragens que são criadas sob o leito de um rio com a finalidade de represar a água;
  • Á água que corria livremente pelo leito do rio agora começa a ficar contida pela barragem e inicia a formação de um grande reservatório;
  • Enormes turbinas são instaladas nas barragens com certo desnível, permitindo que a água que passa pela barragem caia com enorme força sobre as turbinas que são movimentas transformando a energia potencial em energia mecânica;
  • A energia mecânica gerada nas turbinas é captada por um gerador de eletricidade que a transforma em energia elétrica;
  • A última parte do processo é a transmissão da energia que ocorre por meio das redes de transmissão de alta tensão. Quando chega ao seu destino a energia é transformada em baixa tensão para as residências e comércios e em média tensão para as indústrias.
A grande maioria da energia gerada e consumida no Brasil é hidrelétrica, isto ocorre pelo enorme potencial hidrelétrico que o país tem. A abundância de rios e os longos percursos desses permitiram a construção de inúmeras usinas hidrelétricas por aqui. A grande vantagem da energia hidrelétrica é que ela limpa, ou seja, não é poluente o que contribui para o equilíbrio ambiental.

Energia Eólica

Usina eólica uma das fontes de energia renovável por usar o vento
A energia eólica é talvez a bola da vez, isto é, ela está na moda, assim como a energia solar(ver abaixo). Esta energia é produzida usando a força dos ventos para movimentar enormes aero-geradores que são conectados a turbinas para a geração da energia elétrica. Assim coo outras energias, a eólica também é limpa e renovável o que a torna muito atraente para os dias atuais.
Para a sua produção são necessários a instalação dos aero-geradores em locais com abundância de ventos, tanto em volume como em regularidade, ou seja, não basta ter ventos fontes é preciso que eles sejam constantes. A velocidade dos ventos precisa ser superior a 3,6 m/s.
Assim como a energia hidrelétrica, o Brasil tem um grande potencial para a produção de energia eólica, visto que há regiões onde a presença dos ventos favorece a instalação de parques eólicos. Neste cenário destacam-se os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, ambos na região nordeste do país. Atualmente os principais parques eólicos do Brasil são:
  • Complexo eólico Alto Sertão I no estado da Bahia
  • Parque eólico de Osório no Rio Grande do Sul
  • Usina de Energia Eólica de Praia Formosa no Ceará

Energia Nuclear

A energia nuclear se produz a partir de uma reação denominada fissão, a fissão segundo o Dicionário Priberan da Língua Portuguesa, é para a física nuclear a divisão de um núcleo de átomo pesado (urânio,plutônio, etc.) em dois ou vários fragmentos, determinada por um bombardeamento de neutrões, e que liberta uma enorme quantidade de energia e vários neutrões. =CISÃO. E é a partir da fissão do núcleo de um átomo que bombardeia uns contra os  outros ocasionando o rompimento do núcleos e gerando grandes quantidades de energia.
As usinas nucleares, apesar de ser mais uma opção de gerar energia elétrica, também provocam acidentes graves no ecossistema, assim como ocorreu nas usinas de Three Miles Island, nos EUA, em 1979, e Chernobyl, na Ucrânia, em 1986, pois a extração do núcleos dos átomos ocorre a liberação de dejetos radioativos que altera a genética, provoca o câncer, além de danificar de modo incalculável o meio ambiente.
Só no Brasil existem duas usinas nucleares em funcionamento, (Angra 1 e 2), no município de Angra dos Reis, RJ.

Energia Solar – Térmica e Fotovoltaica

Placas para captação de energia solar - Alternativa energética de fonte renovável
O Sol é em si grande produtor de calor e potência, proporcionadas pela radiação eletromagnética que ele libera, assim o Sol através de processos distintos é responsável pela geração de dois tipos de energia elétrica, a energia térmica e a energia fotovoltaica, entendamos como funciona cada processo e como cada uma é utilizada.
A energia térmica é gerada a partir de coletores solares que ao captar a energia provinda do Sol transfere à água, utilizada geralmente em chuveiros elétricos, pois a água é totalmente aquecida quando recebe a energia térmica. Já a energia fotovoltaica, possui duas possíveis formas de ser coletadas, seja por lâminas ou por painéis conhecidos por painéis fotovoltaicos, tanto um como o outro são compostos de um material que possui capacidade de capturar a radiação liberada pelo sol e produzir energia elétrica. A energia fotovoltaica possui mais um fator interessante, ela poder ser utilizada diretamente ou então pode ser abrigada em baterias para ser utilizada quando não houver sol.
A grande vantagem da energia provinda do sol, térmica ou fotovoltaica, é que é uma energia limpa, isto é, não ocasiona a poluição, alem de dispensar a utilização da turbinas e geradores, no entanto, o custo para a realização desses processos ainda encontram-se elevados.

Energia termelétrica

Conhecida também por calorífica, esta energia é resultante da combustão de materiais de fontes não renováveis, por exemplo, carvão, petróleo e gás natural, e também outros de fontes renováveis como a lenha, o bagaço de cana, etc. A energia termelétrica pode ser utilizada tanto como energia mecânica como também por eletricidade.
Depois de conhecer os tipos de energia elétrica que temos como opção, nos dê sua opinião sobre qual delas poderia ser muito útil a nós e não causaria tantos danos ao meio ambiente.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Origem

O termo ciberespaço foi criado em 1984 por William Gibson, um escritor norte-americano que mudou-se para o Canadá, que usou o termo em seu livro de ficção científica, Neuromancer. Este livro trata de uma realidade que se constitui através da produção de um conjunto de tecnologias, enraizadas na sociedade, e que acaba por modificar estruturas e princípios desta e dos indivíduos que nela estão inseridos. O ciberespaço é definido como “o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores” (LÉVY, 1999, pág. 92). Trata-se de um novo meio de comunicação estruturado.

O Ciberespaço e a (ciber)cidade

Dentre as inúmeras metáforas utilizadas para explicar a experiência virtual, nenhuma parece alcançar mais êxito do que a da cidade. Quando se fala em “congestionamentos” de rede, ou se usa termos como “cidade de bits”, “cidadãos-rede” ou “homepages”, nota-se uma especial facilidade de compreensão dessas figuras de linguagem. Essa aparente proximidade de significados aponta para um possível paralelismo entre as chamadas realidade “real” e “virtual”. Tentativas bem sucedidas de estabelecer essa relação entre o mundo físico das cidades e o ciberespaço já acontecem frequentemente. Representam um bom exemplo disso as empresas que decidiram abrir “filiais” no popular jogo Second Life, bem como os cidadãos comuns que criam sua imagem pessoal virtual (avatar), com a qual dirigem carros, viajam, conhecem lugares, estabelecem negócios e interagem com outras representações virtuais de indivíduos reais. A relação da cidade real com o ciberespaço vai além das possibilidades de representações tridimensionais da nossa experiência espacial cotidiana. A metáfora abrange o funcionamento da web, onde cada usuário que ali “transita” o faz de acordo com interesses e necessidades pessoais mas, ao mesmo tempo, a atividade de todos em conjunto acaba contribuindo para a movimentação, para a “vida” do ciberespaço, exatamente da maneira como ocorre na cidade real. Daí é que surge o termo “cibercidade”, que designa a cidade virtual que funciona de forma semelhante à cidade real. Além disso, mesmo os usuários menos familiarizados conseguem perceber, no funcionamento da web, a existência de ligações – os links – que funcionam como transições de espaço entre uma página e outra, identificando um percurso percorrido. Tudo isso só tende a reforçar a similaridade do ciberespaço com um espaço real organizado e, de certa maneira, povoado.

Desdobramentos

Já há algum tempo, discute-se a maneira como o surgimento da web contribuiu para a abolição de fronteiras, a relativização de distancias e a dinamização da comunicação. Porém, como um fenômeno de massa, a consolidação da existência do ciberespaço acabou por impulsionar inúmeras transformações também em outras áreas sociais, como a cultura, com o surgimento e o desenvolvimento da cibercultura, na economia, com o surgimento de mercados que negociam produtos exclusivamente virtuais, dentre outros. O acelerado desenvolvimento da tecnologia digital provoca significativas mudanças nos modos de percepção, pensamento e ação no mundo a que denominamos real, além das modificações nas esferas social, política e econômica da vida mundial. O espaço e o tempo são os aspectos que adquirem maior importância na discussão acerca da influência das novas tecnologias digitais de comunicação nas formas da percepção humana. No ciberespaço, há uma maior distorção da percepção do espaço e do tempo. Maior porque este evento já havia sido inaugurado por outras formas de comunicação, como o cinema. Os limites entre o real e o imaginário, entre o próximo e o distante, tornam-se cada vez menos perceptíveis. “Um fórum privilegiado para a abordagem dos possíveis reflexos e desdobramentos do desenvolvimento dos sistemas de realidade virtual e das redes digitais de comunicação sobre os estatutos do espaço e do tempo é o chamado 'ciberespaço' - aqui entendido como o conjunto de informações codificadas binariamente que transita em circuitos digitais e redes de transmissão.” (FRAGOSO, Suely) A rapidez com que o ciberespaço se desenvolve, unida ao meio supostamente acessível e democrático que este representa, torna possível uma verdadeira revolução social, com desdobramentos múltiplos que tendem a exercer uma interferência cada vez maior na vida dos indivíduos.


Comunicação mediada por computadores

A Comunicação Mediada por Computadores é aquela que liga dois indivíduos através da transmissão de dados em uma redes de computadores. Seu principal expoente hoje é a Internet.

Utilidade

Nos dias de hoje, é cada vez maior o uso deste meio de comunicação. Dentre os mais conhecidos, está o e-mail, os fóruns de discussão, os canais de notícias, a recente telefonia, etc.
Umas das maiores vantagens é a velocidade com que as informações são transmitidas, não importando a distância. Além disso, existe uma grande facilidade em acessar as informações, fato que permitiu tamanha expansão desta área, considerada fundamental em muitos setores (principalmente o da comunicação).
Sua versatilidade é tanta que não existem limites para suas aplicações. Além de notícias, é crescente o emprego como meio de divulgação de produtos e serviços, afinal, o contato com o consumidor é bastante próximo.
A internet é o meio de comunicação mais utilizado pelo mundo inteiro. Espalhou-se por toda parte e ganhou o lugar em muitas empresas. Ela é útil de mil maneiras, como: para trabalho, caixa (supermercado), empresarial, para realizar pesquisas e etc. O computador, por suas utilidades também vicia muitas pessoas. É o melhor e mais rápido meio de comunicação.


Comunicação social

A comunicação social é uma ciência social aplicada, cujo objeto tradicional de estudo são os meios de comunicação de massa (também chamados mass media ou simplesmente "média" ou "mídia"), principalmente o jornalismo ou imprensa e a comunicação organizacional (publicidade, propaganda, relações públicas, comunicação de marketing) de empresas e de organizações governamentais ou não-governamentais. A comunicação objeto da comunicação social diferencia-se, portanto, da comunicação que é objeto de ciências como a psicologia, a linguística ou a antropologia, sem que se possa negar a existência de interseções entre esses domínios.
Os meios de comunicação de massa mais frequentes são o jornal, a televisão, o rádio, o cinema e a internet. Didaticamente, poderia-se simplificar as atribuições dos diversos profissionais da seguinte forma: os jornalistas atuam com as notícias, os publicitários ou propagandistas atuam com os anúncios e os relações públicas com a relação entre a sua organização e a sociedade. Não obstante, a interdisciplinaridade e a convergência têm se ampliado progressivamente nessa área.
A pesquisa científica em comunicação social mantém diálogos frequentes com a antropologia, com a sociologia, com a linguística, com a psicologia, com a ciência da informação, com a administração de empresas, com as artes visuais, com a música e com as artes cênicas. A partir do advento da internet, ampliou-se também o diálogo acadêmico entre a comunicação social, a ciência da informação e a ciência da computação.
Os fenômenos tecnológicos relacionados à transmissão e à recepção das mensagens pelos meios de comunicação de massa são um domínio de conhecimento distinto da comunicação social. Esses fenômenos são objeto de estudo das engenharias, em especial dos profissionais de telecomunicações.


Comunicação de massa


informações através de jornais, televisão, rádios, cinema e também pela Internet, os quais se reúnem em um sistema denominado mídia. A comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor. As sociedades receptoras geralmente são urbanas e complexas e passam por processos múltiplos e dinâmicos em que há um grande poder da mídia sobre seus habitantes. A comunicação humana pode ser classificada em dois aspectos distintos, sendo desenvolvida em vários campos de naturezas diferentes: a comunicação em pequena escala e a comunicação de massa. Nos dois casos, o ser humano começou a lidar com utensílios para auxiliar e tornar potente o processo de produzir, enviar e receber mensagens. A tecnologia se tornou aliada de tal comunicação humana, além de passar a participar da rotina da humanidade ao longo de seu desenvolvimento.

Comunicação de massa e veículos de massa

Apesar da comunicação autêntica ser a que se assenta sobre um esquema de relações simétricas — numa paridade de condições entre emissor e receptor, na possibilidade de ouvir o outro e ser ouvido, como possibilidade mútua de entender-se —, os meios de comunicação de massa são veículos, sistemas de comunicação num único sentido (mesmo que disponham de vários feedbacks, como índices de consumo, ou de audiência, cartas dos leitores). Esta característica distingue-os da comunicação pessoal, na qual o comunicador conta com imediato e contínuo feedback da audiência, intencional ou não, e leva alguns teóricos da mídia a afirmar que aquilo que obtemos mediante os meios de comunicação de massa não é comunicação, pois esta é via de dois sentidos e, por tanto, tais meios deveriam ser denominados veículos de massa.
A divulgação em grande escala de mensagens, a rapidez com que elas são absorvidas, a amplitude que atingem todo tipo de público, cuja própria sociedade através da indústria cultural criou e se alimenta, gera um enorme interesse e abre espaço para o estudo de nosso comportamento.
A concentração das massas no cenário social, desde a concentração industrial de mão-de-obra nas grandes cidades, tornou visível a força das massas até a constituição do massivo como modo de existência do popular. A existência do popular, por sua vez, traz consigo a necessidade de meios de comunicação, o que podemos denominar de meios de cultura de massa que, em geral, equivale a nomear aquilo que é como um conjunto de meios massivos de comunicação.
É possível afirmar que as modalidades de comunicação que nos meios de cultura de massa e com eles aparecem, só foram possíveis na medida em que a tecnologia materializou mudanças que, a partir da vida social, dão sentido a novas relações e novos usos. Estamos, portanto, situando a mediação no âmbito dos meios, isto é, num processo de transformação cultural que não se inicia nem surge através dos meios, mas para a qual eles passarão a desempenhar um papel importante.

A formação dos veículos de massa

Os sistemas de comunicação novos e antigos atuam paralelamente, um não se distingue do outro. Por exemplo, da mesma forma que existem dois sistemas sociais, dois sistemas econômicos, a agricultura e a indústria etc, há também os sistemas de comunicação. Nos povoados, comunicação é primordialmente oral e pessoal, como tem sido durante muitos anos. Paulatinamente, a nova alternativa começa a atingir os povoados, livre de pressa. Existe certo tipo de carência de pessoas especializadas; de papel de imprensa com o qual se possa aumentar a cobertura jornalística e também de papel utilizado na edição de livros e revistas mais acessíveis aos recém-alfabetizados. Há também ausência de receptores radiofônicos e transmissões radiofônicas, produção cinematográfica, através dos quais a informação possa vencer a barreira do analfabetismo e propiciar a vida moderna aos povoados.
Na realidade, os problemas financeiros dificultam a extensão da comunicação moderna para além das cidades. Os pequenos jornais vivenciam esse obstáculo sofrendo grandes dificuldades financeiras. Os recursos para a disposição da comunicação moderna (telecomunicações, eletrificação, transporte, serviços postais) são insuficientes. Inclusive não há nenhum plano nem mecanismo para a integração e o balanço do seu desenvolvimento em comunicação: balanço do crescimento de determinado veículo em comparação com outros; integração com os canais dos veículos de massa com os canais interpessoais de tomada de decisões, ensino e governo local; incorporação dos “novos meios educacionais” na educação.
Normalmente, a partir de uma coleção de problemas como esses e uma decisão estabelecida para solucioná-los é que se inicia o desenvolvimento da comunicação de massa. 

Tipos de meios de comunicação

Para introduzir o conceito dos tipos de comunicação, abordamos os argumentos de Dizard (2000, p. 23)2 "As atuais mudanças são a terceira grande transformação nas tecnologias da mídia de massa nos tempos modernos. A primeira aconteceu no século XIX, com a introdução das impressoras a vapor e do papel de jornal barato. O resultado foi a primeira mídia de massa verdadeira - os jornais "baratos" e as editoras de livros e revistas em grandes escalas. A segunda transformação ocorreu com a introdução da transmissão por ondas eletromagnéticas - o rádio em 1920 e a televisão em 1939. A terceira transformação na mídia de massa - que estamos presenciando agora - envolve uma transição para a produção, armazenagem e distribuição da informação e entretenimento estruturadas em computadores. Ela nos leva para o mundo dos computadores multimídia, compacto discos, banco de dados portáteis, redes nacionais de fibras óticas, mensagens enviadas por fax de última geração, páginas de Web e outros serviços que não existiam há 20 anos"
Podemos citar os meios de comunicação de massa mais comuns: Televisão, Rádio, Revistas, Internet, Livros, Cinema.
Todos eles têm como principal função informar, educar e entreter de diferentes formas, com conteúdos selecionados e desenvolvidos para seus determinados públicos. No entanto, as pessoas passam maior parte do tempo ocupando-se com esses meios de comunicação, pois estes de certa forma proporcionam o prazer humano referente ao seu lazer, entretenimento, aprendizado, ensino, entre outros e a partir desses disseminam as informações que consideram relevantes e que de certa forma despertam interesses no público, ouvinte, leitor, telespectador ou internauta.
E cada dia mais a tecnologia avança e surgem com ela novos produtos que se adaptam a fácil comercialização, fazendo com que o homem viva em busca de algo a mais, com funções diferentes que substituam seus hábitos antigos.
Os meios de comunicação de massa podem ser usados tanto para fornecer informações úteis e importantes para a população, como para alienar, determinar um modo de pensar, induzindo certos comportamentos e aquisição de certos produtos, por exemplo. Cabe aos órgãos responsáveis fiscalizarem que tipo de informação esta sendo veiculada por esses meios, como ao receptor das informações ser crítico, para selecionar e internalizar as informações que considerar úteis para si, denunciando os abusos aos órgãos competentes.
Por se tratar de diversas idades, com diferentes interesses procurando esses meios para suprir seus desejos momentâneos. Os meios de comunicação em massa é a principal ferramenta para a indústria do marketing, são neles que as propagandas, as campanhas publicitárias chegam ao público, a população. Dessa forma deve-se atentamente fazer uma pesquisa para que se possa saber em qual o tipo do meio de comunicação deve ser vinculada cada campanha, para que não ocorra o erro de vincular uma campanha que não atenda as perspectivas daquelas pessoas que têm acesso aquele meio de informação.

Indústria cultural e comunicação de massa

Não podemos separar a comunicação de massa da indústria cultural, já que por sua vez elas são dependentes uma da outra, pelo fato de existirem diversos meios de comunicação que são capazes de atingir através de uma mensagem um grande número de indivíduos. Essa indústria é consequência de uma sociedade industrializada, muitas vezes alienada, que aceita ideias e mensagens sem um prejulgamento, entrando diretamente na “veia” dos indivíduos não existindo nenhuma barreira, tornando assim uma sociedade de consumo e global, sem restrições.
Horkheimer, Adorno, Marcuse e outros pesquisadores frankfurtianos criaram o conceito de "Indústria Cultural" para definir a conversão da cultura em mercadoria. O conceito não se refere aos veículos (televisão, jornais, rádio...), mas ao uso dessas tecnologias por parte da classe dominante. A produção cultural e intelectual passa a ser guiada pela possibilidade de consumo mercadológico.

Evolução dos suportes de informação

O Brasil está muito distante de ser potência em relação à comunicação em massa, isso está ligado ao atraso no desenvolvimento do país. Porém a comunicação de massa é importante para um bom desenvolvimento do país, pois é através dos meios de comunicação que a maior parte da população tem acesso a informação, o ser humano bem informado constrói opiniões próprias e consequentemente o desenvolvimento vêm com o tempo.
Com a transformação dos suportes de informação, fica cada vez mais fácil atender maior público. Praticamente tudo hoje é digital, através do fácil acesso a maior parte da população é favorecida pela informação na internet.
E a comunicação em massa cresce diretamente relacionada ao desenvolvimento tecnológico. Com o avanço da tecnologia cada vez maior o preço desses produtos tende a cair, oferecendo oportunidades para aquela fatia do mercado que antes não tinham condições financeiras para adquirir esse material tecnológico, conforme o baixo custo